
A Polícia Civil do Pará prendeu em flagrante, na tarde da segunda-feira (21), Rosenito Ribeiro Barbosa, acusado de coagir uma testemunha-chave em uma investigação de alta complexidade sobre uma organização criminosa especializada em narcotráfico fluvial. A prisão ocorreu por volta das 14h30min, no bairro Central de Abaetetuba, no local de trabalho da vítima.
A ação foi determinada pela Superintendência Regional, após a testemunha relatar ter sido abordada e intimidada por um indivíduo, que prometeu retornar. Diante da gravidade da situação, uma equipe da Polícia Civil foi deslocada para o local, onde realizou uma campana e flagranteou Rosenito no momento em que ele abordava novamente a testemunha, proferindo ameaças e exigindo que ela modificasse seu depoimento, conforme um bilhete manuscrito encontrado em sua posse.
Segundo a investigação, o conteúdo do bilhete trazia instruções para que a vítima atribuísse uma falsa declaração a uma pessoa desaparecida, como parte de um plano para obstruir a Justiça. Durante a abordagem, Rosenito afirmou que “seria melhor para ela e os filhos” seguir suas ordens.
A coação ocorre no contexto da apuração dos crimes de homicídio de Galileu Pinheiro Macedo e desaparecimento de Robson Figueiredo da Luz, ambos considerados “queima de arquivo” pela organização, que suspeitava que as vítimas estivessem colaborando com a polícia, repassando informações que resultaram em significativas apreensões de drogas.
A prisão representa um novo desdobramento da “Operação Sombras de Medellín”, deflagrada em 08 de julho de 2025, que já havia levado à prisão de outros integrantes do grupo, incluindo Rosivan Ribeiro Barbosa (irmão do preso), Joelson Maciel Brandão, Manoel Gonçalves da Silva e Elienai Cardoso Pompeu.
Rosenito Ribeiro Barbosa foi conduzido à Delegacia de Polícia de Abaetetuba, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante pelo crime de coação no curso do processo , cuja pena pode chegar a quatro anos de reclusão. Ele também será investigado por possível associação criminosa , que prevê até três anos de reclusão.
A Polícia Civil reforça a importância da colaboração da sociedade. Informações que possam contribuir com as investigações podem ser repassadas anonimamente pelo Disque-Denúncia 181 ou pelo WhatsApp da atendente virtual Iara: (91) 98115-9181, que aceita fotos, vídeos, áudios e localização.
