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domingo, agosto 17, 2025

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Mojuense é o primeiro paciente submetido à radiocirurgia estereotáxica pelo SUS no Pará

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Procedimento pioneiro, sem cortes, renova a esperança de pacientes com tumores cerebrais e marca novo avanço no tratamento oncológico no estado

O vigia Edvaldo dos Prazeres, de 49 anos, natural de Moju, entrou para a história do Hospital Ophir Loyola (HOL) como o primeiro paciente a ser submetido à radiocirurgia estereotáxica no Centro de Radioterapia da instituição. O procedimento, realizado nesta quinta-feira (17), marca um avanço no tratamento oncológico na região Norte, oferecendo uma alternativa menos invasiva e mais precisa para tumores cerebrais.

Edvaldo já havia enfrentado quatro cirurgias para tratar um meningioma atípico – um tumor benigno, mas de difícil controle. Agora, com a radiocirurgia estereotáxica, ele pôde receber uma dose única e direcionada de radiação, sem a necessidade de cortes ou internação prolongada. O procedimento foi realizado em um dos aceleradores lineares Halcyon – Varian, adquiridos pelo Governo do Estado em 2024, equipamentos considerados os mais modernos do mercado em precisão e eficiência.

“Primeiramente, entrego tudo nas mãos de Deus e, depois, nas mãos dos médicos. Vai dar tudo certo, tenho fé nisso”, afirmou Edvaldo, visivelmente confiante. “Recebi todas as orientações e sei como o procedimento foi realizado. Mesmo sendo o primeiro, me sinto seguro.” Após a intervenção, ele recebeu alta no mesmo dia, um dos grandes benefícios da técnica, que evita a craniotomia e reduz significativamente os efeitos colaterais.

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O diretor-geral do HOL, Heraldo Pedreira, destacou a importância desse marco para o hospital. “Este procedimento reforça nosso compromisso com a inovação, a segurança do paciente e a humanização do cuidado. Cada avanço é resultado de muito trabalho e dedicação da nossa equipe”, afirmou.

O radio-oncologista Dionísio Bentes explicou que a radiocirurgia estereotáxica utiliza radiação ionizante de alta precisão para tratar lesões pequenas, protegendo áreas nobres do cérebro. “Concentramos uma dose elevada no tumor, com margem de segurança milimétrica, preservando funções motoras e cognitivas”, detalhou.

O físico-médico Eduardo Faria ressaltou os protocolos de segurança adotados. “Por se tratar de uma alta dose de radiação, fazemos verificações múltiplas para garantir a precisão. O equipamento possui sistemas internos e externos de monitoramento, assegurando que o tratamento seja aplicado exatamente como planejado”, explicou.

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Desde março deste ano, quando o Centro de Radioterapia recebeu a licença da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), quase 200 pacientes já concluíram seus tratamentos. Segundo o radioterapeuta Cláudio Reis, a produtividade do serviço aumentou expressivamente, com expectativa de atender 300 pacientes por mês em breve.

“Estamos entre os maiores serviços do Brasil, comparáveis a instituições como o Inca e o A.C. Camargo. É um orgulho para todos nós”, afirmou Reis, destacando o uso de técnicas avançadas como IMRT, IGRT e VMAT.

Com esse avanço, o Hospital Ophir Loyola consolida-se como referência em oncologia na Amazônia, oferecendo tratamentos de ponta com tecnologia, segurança e humanização. Para Edvaldo e muitos outros pacientes, essa inovação representa uma nova chance de cura e qualidade de vida.

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