O ataque fez parte de uma nova investida do Irã contra o território israelense, com o lançamento de dezenas de mísseis
Mundo – Um ataque de mísseis lançado pelo Irã atingiu diretamente o hospital Soroka, o maior centro médico do sul de Israel, localizado na cidade de Beersheba, na manhã desta quinta-feira (19), pelo horário local (1h da manhã no horário de Brasília). De acordo com o Ministério da Saúde israelense, o bombardeio provocou danos extensos à estrutura hospitalar e deixou pelo menos 71 feridos, incluindo pacientes e funcionários.
O ataque fez parte de uma nova investida do Irã contra o território israelense, com o lançamento de dezenas de mísseis, segundo um oficial do Exército israelense. Vários deles atingiram áreas civis espalhadas pelo país. Em todo o território israelense, o total de feridos chegou a 271, sendo quatro em estado grave. Pelo menos 20 pessoas sofreram ataques de pânico e cerca de 40 ficaram feridas apenas em Tel Aviv, segundo o serviço de resgate Magen David Adom.
O míssil atingiu o hospital por volta das 7h, no horário local. A explosão causou pânico generalizado entre os pacientes e equipes médicas, que precisaram ser rapidamente evacuados. Médicos relataram à agência Associated Press que a explosão ocorreu segundos após as sirenes de alerta aéreo soarem, impossibilitando uma evacuação preventiva mais ampla.
Fotos e vídeos do local mostram a fachada do hospital destruída e equipes de emergência atuando sob forte tensão. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, visitou o hospital após o ataque e declarou que o Irã “pagará o preço total” pela ofensiva. Já o ministro da Defesa, Israel Katz, foi ainda mais direto, afirmando que o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, “não pode mais existir”.
Em nota, o governo iraniano afirmou que o alvo do ataque eram instalações militares próximas ao hospital em Beersheba e que o centro médico foi danificado por “onda de choque”. A justificativa foi divulgada pela agência estatal iraniana Irna.
Com mais de mil leitos, o Hospital Soroka atende mais de um milhão de pessoas na região sul de Israel. A destruição parcial da unidade gera preocupação com o atendimento emergencial na área, já que parte dos serviços foi suspensa.
