
Na manhã desta quarta-feira (21), após o nível do igarapé diminuir, a equipe procurava na área próxima à residência da vítima
As buscas pelo menino de quatro anos que caiu em um canal e desapareceu, no conjunto Guajará II, em Ananindeua, continuam nesta quarta-feira (21). Uma equipe do Grupamento Marítimo Fluvial (GMAF) do Corpo de Bombeiros Militar do Pará realiza a vistoria a pé em toda a extensão do canal. Além disso, uma equipe com cães farejadores será enviada para auxiliar nas buscas. Segundo as informações das autoridades, no momento do desaparecimento, o nível do igarapé estava alto devido à forte chuva que atingiu a região.
De acordo com relatos de vizinhos, durante a tarde, a criança foi vista sendo arrastada pela correnteza do canal, mas submergiu pouco depois e não foi mais localizada. Conforme o Sargento Roberto, que está à frente das buscas, a água do canal é turva e há muita vegetação ao redor, o que dificulta a procura. Além disso, muitas casas de madeira estão nas margens do canal, o que significa que o corpo da criança pode estar preso abaixo dessas estruturas. Dessa maneira, a equipe realiza um trabalho minucioso, verificando a área de mata e das casas.
Segundo o sargento, o canal está cheio de lixo e os resíduos de muitos imóveis escoam diretamente para a água do córrego. Assim, a equipe precisou usar uma roupa especial durante as buscas, devido ao risco de contaminação. Além disso, apesar de o canal estar com o nível baixo, ainda há algumas áreas mais profundas. Então, os agentes precisam atuar com mais cuidado para evitar incidentes e conseguir identificar caso a criança esteja submersa.
Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará informou que um efetivo de 15 bombeiros especializados atua no isolamento da área e na procura pela criança. “A Polícia Civil está apurando as circunstâncias do desaparecimento”, comunicou.
Buscas
As circunstâncias exatas da queda da criança ainda são desconhecidas. Moradores relataram que o nível do canal era alto, chegando a atingir a metade da parede de muitas casas, e apresentava forte correnteza. As buscas pelos bombeiros iniciaram por volta das 17h30 da terça-feira (20). Mas, devido à baixa visibilidade e à presença de animais peçonhentos, precisaram ser interrompidos com a chegada da noite. No entanto, durante a madrugada, os moradores e familiares continuaram procurando pelo menino. Segundo eles, a área costuma ficar completamente alagada quando chove e, em muitas ocasiões, o canal transborda, não sendo possível identificar onde há valas.
