
No último domingo (24), faleceu aos 89 anos de idade, em Moju, Maria Moraes Gordo, carinhosamente conhecida como Dona Maroca.
Filha de descendência direta da comunidade África, Dona Maroca carregava em sua história as raízes de um povo marcado pela resistência. Filha de escrava, foi testemunha viva de um tempo em que tradições e lutas se misturavam ao cotidiano.
Mãe de Oseias de Moraes Gordo e Amilton Gordo, ela construiu sua vida em Moju, onde dedicou-se à agricultura, profissão que sustentou sua família e manteve os vínculos com a terra. Mulher de fé inabalável, cuidou com amor dos 8 filhos e acompanhou o crescimento de seus 15 netos, deixando um legado de união e força familiar.
Além do exemplo de mãe e trabalhadora, Dona Maroca também levava consigo a alegria da cultura popular. Participou de grupos de carimbó, preservando uma das mais importantes manifestações artísticas da região. Sua presença era marcada pela simplicidade, fé e amor à vida comunitária.
A partida de Dona Maroca deixa uma lacuna irreparável para seus familiares, amigos e para todos que tiveram o privilégio de conviver com sua história. Moju perde uma guardiã de memórias, mas seu legado permanecerá vivo através das gerações.
