
Suspeito seria o proprietário da arma usada na execução; crime ocorreu em maio durante programa ao vivo
A Polícia Civil do Pará prendeu, na manhã desta sexta-feira (18), em Belém, o segundo envolvido na morte do radialista Luiz Augusto Carneiro Costa, conhecido como “Luizinho Costa”. O crime chocou a população de Abaetetuba e de toda a região do Baixo Tocantins, após o comunicador ser executado com três tiros enquanto apresentava seu programa ao vivo, no estúdio da Rádio Guarany, em 27 de maio deste ano.
O preso foi identificado como Francisco Assis Rodrigues Júnior. Segundo as investigações, ele seria o proprietário da arma de fogo usada no assassinato: uma pistola Taurus calibre .380. Durante a operação, realizada pela equipe da Delegacia de Homicídios, os policiais também apreenderam o aparelho celular do investigado, que será periciado.
A prisão de Francisco representa mais um passo importante na elucidação completa do caso. Ele se junta a Gleydoson Moraes Queiroz, conhecido como “Cabeção”, preso em flagrante no dia 29 de maio e apontado como o autor dos disparos que mataram Luizinho Costa.
O crime ocorreu por volta das 9h48 da manhã, quando o executor invadiu o estúdio da Rádio Guarany disfarçado com capacete, máscara e mochila. Sem dizer uma palavra, ele atirou três vezes contra o radialista — na cabeça, nas costas e no abdômen — fugindo logo em seguida em uma motocicleta Pop branca, sem placa.
As investigações foram conduzidas por uma força-tarefa da Polícia Civil, com apoio de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas. A partir desses elementos, os agentes conseguiram identificar o autor do crime, o veículo utilizado na fuga, as roupas usadas e a arma empregada, que teria sido fornecida por Francisco.
Durante o monitoramento, Gleydoson confessou a autoria do crime em uma conversa informal e, posteriormente, voltou a confirmar os detalhes em interrogatório formal, fortalecendo as provas do inquérito.
A morte de Luizinho Costa teve ampla repercussão na região por sua brutalidade e pela forma com que foi cometida, ao vivo, em plena atividade jornalística. A Polícia Civil afirma que segue com as investigações para identificar todos os possíveis coautores e partícipes do crime.
A população pode contribuir com informações que ajudem no avanço das apurações, de forma anônima, por meio do Disque-Denúncia 181, ou pelo WhatsApp da atendente virtual Iara, no número (91) 98115-9181. É possível enviar fotos, vídeos, áudios e localização — sem precisar se identificar.
